A Feira de Investimentos AWC marcou o final da segunda edição do programa Academic Working Capital. O evento aconteceu no dia 14 de dezembro no Parque Tecnológico do Estado de São Paulo e contou com a presença do chefe de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECT) do Estado de São Paulo, Maurício Juvenal; do presidente do Instituto TIM, Manoel Horacio; do vice-presidente de Estratégia e Inovação da TIM, Luis Minoru Shibata; e de investidores, professores, estudantes e interessados.
Saiba como foi o primeiro e o segundo dia do Workshop III de AWC 2016
Na abertura do evento, Manoel Horacio parabenizou os grupos pelos projetos e disse que espera que eles ajudem a desenvolver ainda mais o país. “Fico encantado com as ideias de vocês, e o que temos que fazer é multiplicar esses esforços pelo nosso país”, comentou. O chefe de gabinete da SDECT mencionou alguns projetos que serão realizados no próximo ano para fomentar a inovação tecnológica em São Paulo e falou do papel do Estado como um facilitador para o desenvolvimento de projetos como os apresentados em AWC. “É um motivo de felicidade para nós podermos abrigar mais uma vez esse evento.”
A primeira palestra do dia foi conduzida pela fundadora e CEO da startup B2Blue, Mayura Okura. A B2Blue é uma plataforma que conecta empresas e indústrias que geram um grande volume de resíduos com outras que têm interesse em comprar esses resíduos para utilizá-los como matéria-prima de produtos. Além de apresentar o trabalho da startup, Mayura compartilhou com o público os desafios e a sua paixão pelo empreendedorismo. “Se você não tiver prazer, todos os problemas que vão aparecer podem fazer você desistir ou achar que não é possível, que isso não pode acontecer. Então você tem que ter um propósito: o que vocês querem fazer e estão fazendo para o futuro? Essa paixão é muito importante”, afirmou.
Em seguida, Mayura se juntou ao professor Marcos Barretto, coordenador acadêmico de AWC, e aos estudantes Marcus Farias e João Macêdo Júnior (participantes do programa em 2016) para um painel com o tema “O que aprendi no AWC”. Os estudantes falaram de sua experiência no programa e dos próximos passos para seus projetos. Após o painel, o engenheiro mecatrônico e coordenador de conteúdo de AWC, Diogo Dutra, anunciou a abertura da Feira de Investimentos, na qual os 14 grupos apresentaram seus projetos aos investidores e convidados em estandes.
Veja destaques da Feira de Investimentos no Twitter
O investidor-anjo da Anjos do Brasil Marco Poli explicou em sua palestra as diferenças entre empreender no Brasil e nos Estados Unidos e que, mesmo com diversos obstáculos que os empreendedores brasileiros enfrentam, há vantagens e desvantagens em ambos os países. Poli destacou mercados e países pouco valorizados pelos brasileiros e que podem gerar um grande potencial de negócio. “Persigam oportunidades que são reais e que vão te dar retorno, e que são completamente diferentes das oportunidades que você vai achar lá fora. Isso não significa que você vai fazer um produto que só serve para o Brasil. Significa que você vai usar o Brasil como fonte de receita e trampolim de crescimento”, recomendou.
Cinco grupos que se destacaram durante o ano foram convidados a apresentar seus projetos em uma rodada de pitches. A banca avaliadora foi composta pelo sócio da startup Lean Survey Fernando Salarori; a cofundadora da Baita Incubadora Rosana Jamal; o professor da Escola Politécnica da USP Fernando Fonseca Josepetti; e o administrador e matemático Daniel Barzilay. Os projetos apresentados foram Nanotropic, um nanoaditivo que transforma plásticos e polímeros em materiais antimicrobianos; Fusion, uma máquina de serigrafia automática para canetas; Staat, um equipamento eletrônico que identifica com precisão a cor dos dentes; E-xpert, um sistema de rastreamento contínuo para monitorar o desempenho de atletas; e Turnit, um sistema que monitora as posições de pacientes acamados para evitar o aparecimento de úlceras por pressão.
No final do evento, Luis Minoru falou aos convidados sobre a importância de AWC para a TIM Brasil e deu dicas aos grupos de estratégias para apresentar seus projetos. Ao longo do ano, o diretor contribuiu com o programa conduzindo coachings com alguns grupos. Ele acrescentou que considera muito importante o exercício do pitch, algo que ele faz constantemente ao apresentar a TIM Brasil a possíveis acionistas. “Comecem com um punchline. Tem que ter um número forte, uma razão forte, porque vocês vão ser um em meio a vários”, aconselhou.
As inscrições para a edição de 2017 de AWC estão abertas até o dia 19 de dezembro. Saiba mais aqui.