O Ministério da Cultura (MinC), com o suporte do Instituto TIM, passou a disponibilizar a plataforma Mapas Culturais como SaaS (software como serviço na nuvem) a todos os estados e municípios interessados. O serviço pretende ampliar e facilitar a adoção da ferramenta de gestão cultural, já que a infraestrutura e a configuração da plataforma ficam sob responsabilidade do MinC.
“Estados e municípios poderão ter todos os recursos que Mapas Culturais oferece, com identidade própria, autonomia na configuração e custo zero de TI. Nós, do Ministério, vamos garantir que a plataforma fique no ar, que as atualizações sejam feitas, manter a segurança, o backup”, afirma Nitai Silva, Coordenador-Geral de Tecnologia da Informação do MinC. O estado do Espírito Santo foi o primeiro piloto a aderir a este serviço, com a plataforma Mapa Cultural ES. Guarulhos-SP e Laguna-SC são alguns dos municípios que já implementaram suas plataformas via SaaS, além de outras localidades que estão em fase de configuração, como Aracaju-SE, ou de migração, como São Paulo-SP. O Instituto TIM oferece suporte ao MinC para a capacitação dos gestores públicos sobre o uso da ferramenta.
As instalações de Mapas Culturais no MinC também estão integradas ao Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) e à nuvem, o que permite a unificação dos dados entre as plataformas que utilizam o serviço. “No Mapa Cultural ES, por exemplo, todos os dados que estão cadastrados lá já aparecem no Mapa da Cultura do MinC. O objetivo é que essa instalação congregue todas as subinstalações”, diz Nitai. De acordo com o Coordenador-Geral de TI do Ministério, isso qualificará a informação e trará um entendimento mais próximo e realista de como é realizada a gestão cultural nas pontas. Estados e municípios também poderão conhecer de forma prática as ações culturais em outras localidades.
O MinC disponibilizou um formulário de inscrição para os estados e municípios interessados. O fornecimento deverá priorizar os estados e municípios com mais de 100 mil habitantes. “Em seguida, o gestor cultural precisará apenas fornecer as informações de identidade visual, marca e textos, e definir a URL”, explica Nitai. Após o fornecimento destes dados, o MinC realiza a configuração da plataforma e disponibiliza a instalação. O MinC buscará articulação junto aos estados para descentralizar a governança da plataforma para formação dos gestores no uso da nova tecnologia. A oferta do serviço estará disponível no portal do SNIIC.
Segundo Nitai, a iniciativa trará um ganho na eficiência da gestão cultural a todos os estados e municípios sem a necessidade de custos com uma infraestrutura própria – basta ter internet. “Mapas Culturais é uma ferramenta estruturante para a gestão cultural pública. Para os municípios que têm carência, precariedade de recursos técnicos, esse serviço significa um salto de qualidade enorme”, afirma.
Para o MinC, Mapas Culturais como SaaS também é estratégico porque vai possibilitar que o Ministério acompanhe onde os recursos federais estão sendo investidos. “Essa arquitetura de unificação de dados permitirá no futuro que o MinC tenha uma visão integrada do uso dos recursos destinados.” Este é o primeiro serviço de nuvem no modelo SaaS que está sendo oferecido aos municípios e estados pelo Governo Federal como um todo, não apenas pelo MinC. “É uma grande inovação na gestão pública”, ressalta Nitai.