Universitários iniciam etapa de planejamento da construção dos protótipos
Nos dias 6 e 7 de agosto os estudantes participantes do Academic Working Capital 2022 se reuniram em São Paulo para o Workshop II, no qual eles concluíram o ciclo de validação do problema e iniciaram o planejamento do experimento de validação da solução. Durante todo o final de semana, os grupos assistiram palestras inspiradoras de empreendedores renomados do mercado e apresentações da equipe do AWC e colocaram a mão na massa nos seus projetos. “Com as entrevistas realizadas na primeira etapa do programa, foi possível identificar padrões do consumidor e mapear as problemáticas e deficiências. A partir dessas informações eles estão criando soluções que gerem mais benefícios e mais valor para o cliente”, explica o coordenador de conteúdo do AWC, Leandro Queiroz.
No sábado pela manhã, logo após a abertura, a equipe do projeto apresentou aos estudantes dois conceitos importantes de negócios: Proposta de Valor, ou seja, os benefícios ou valores que se promete oferecer aos consumidores para satisfazer suas necessidades, e o Blue Ocean, que incentiva a busca por mercados ainda não explorados. Na sequência, Luciano Almeida, CEO e um dos fundadores da Restinga Brasil, startup que conecta a Indústria de Alimentos com o Food Service com o objetivo de combater o desperdício, contou como foi a sua jornada de validação da solução. Logo após o almoço, mais uma palestra inspiradora: Felipe Ribeiro, criador da Barpass, um aplicativo que possibilita a universitários o acesso a rede de vantagens em estabelecimentos e preços diferenciados para este público, falou sobre seu negócio, sobre protagonismo e empreendedorismo.
Em seguida, os grupos foram convidados e refletir sobre a solução que estão propondo e definir quais os recursos necessários. Conversaram ainda sobre como essas soluções que estão sendo criadas estão alinhadas com o conceito de sociedade 5.0, no qual tecnologias avançadas devem ser utilizadas em favor do bem-estar e da resolução de problemas humanos. O sábado terminou com mais um convidado: Pedro Salum, fundador e CEO da LoopKey. A startup inovou ao oferecer um serviço de controle de acesso por meio de um sistema exclusivo de gestão de entrada integrado a fechaduras eletrônicas. O negócio foi tão bem-sucedido que, no início do ano, foi adquirido pela Casai, startup latino-americana de aluguéis de curta duração. “Conhecer a jornada de todos esses empreendedores bem-sucedidos foi muito enriquecedor. Eu senti uma identificação muito grande com a história do Pedro Salum, que começou de forma muito parecida com a gente”, afirma a estudante de Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente da Universidade Federal Fluminense, Clara Gadelha, do projeto Ambialert, que está criando um equipamento de detecção de movimento de massa para o monitoramento de deslizamentos naturais.
O domingo teve início com a palestra “Não construa sua startup de 1 cliente só”, com Thiago Shimada, estrategista de Comunicação e Marketing e CEO da Academia da Marca, agência focada em desenhar estratégias para quem está iniciando um negócio. E depois de tanta inspiração, os grupos colocaram a mão na massa e iniciaram a estruturação dos seus produtos, a partir da técnica MVP, sigla para Minimum Viable Product ou produto mínimo viável, usada por empreendedores em todo o mundo para ajudar no processo de validação de ideias de negócios e produtos. Laura Gurgel, especialista em comunidades, fundadora do Clube de Negócios e analista do SharkTank Brasil desde 2017 e uma das mentoras do AWC, fez uma apresentação para os universitários e, na sequência, os grupos se reuniram com seus mentores para trabalharem na estruturação do MVP dos seus projetos. “O MVP é a aplicação do protótipo no modelo de negócios. É a melhor e mais rápida forma de testar a aderência do mercado e a entrega de valor proposta pelos empreendedores. Por isso, nós os desafiamos a criar protótipos usando uma das categorizações que apresentamos para que pudessem realizar os testes”, explica Laura.
Outra apresentação sobre experimento de validação também movimentou o domingo dos estudantes, trazendo insumos para que os grupos trabalhassem na estruturação de uma ferramenta para validar e testar seu produto e suas hipóteses no mercado, e descobrir se a sua proposta realmente faz sentido para o cliente. Aprimorar a proposta do TCC ou até mesmo mudá-la para que seja um produto viável é parte da jornada proposta pela AWC. “Nossa equipe chegou ao Workshop II com três esboços de MVP e ao longo das atividades propostas e com as entrevistas que realizamos conseguimos definir qual entre os três é a melhor solução para o problema que mapeamos”, conta Herbert Oliveira, estudante de Engenharia Química na Universidade de São Paulo e participante do AWC com o projeto Inova Praia, que está trabalhando em uma solução que dê segurança para pessoas que vão à praia sozinhas e não têm com quem deixar seus objetos pessoais. Por fim, os estudantes começaram a esboçar os orçamentos dos seus projetos, que serão refinados nos próximos meses junto com a construção dos protótipos.
“Conseguimos voltar desse workshop mais maduros. Estamos desenvolvendo o nosso MVP principal e em breve vamos testar com os potenciais clientes”, conta Jonas Cunha da Silva, do Revfood, projeto voltado para a conservação de alimentos de estudantes de Engenharia de Bioprocessos da Universidade Federal do Pará. A proposta tem como objetivo a criação de uma película comestível ultrafina feita a partir de casca de frutas para proteger os alimentos, criando uma barreira que aumenta o tempo de prateleira sem alto custo. Após a etapa de realização de entrevistas e as atividades do Workshop II, o grupo decidiu focar em um só alimento: o mamão. “Com as entrevistas nós conseguimos mapear que é o fruto que o cliente mais perde em termos econômicos. Esse novo olhar que o AWC vem proporcionando para gente está sendo fundamental para conseguirmos desenhar um produto que converse com a realidade”, explica Jonas.
[Best_Wordpress_Gallery id=”21″ gal_title=”Workshop II”]