Métodos pedagógicos promovem inclusão por meio da Bateria do Instituto TIM
Ensinar música para crianças e jovens promovendo acessibilidade e inclusão é o propósito da Bateria do Instituto TIM. Utilizando métodos lúdicos e que potencializam o aprendizado dos educandos, o Mestre Mangueirinha conduz o ensino musical para 50 participantes.
“Por ser uma bateria de crianças e adolescentes com e sem deficiência, temos de estar ainda mais atentos a respeitar o tempo de aprendizado de cada aluno. Com isso, aos poucos, vamos ensinando de forma coletiva – e também em nível individual –, adaptando células rítmicas, toque dos instrumentos e inserindo, de forma gradativa, todas e todos a esse mundo fantástico que é a música”, explica o Mestre.
Todo o trabalho é fruto de reuniões e laboratórios realizados com os professores e monitores antes de se levar o conhecimento para os educandos. Uma das ferramentas pedagógicas utilizadas é o “O Passo”, método criado pelo músico e educador musical Lucas Ciavatta, que consiste em uma metodologia que utiliza o corpo como foco de apreensão dos elementos principais da música, trabalhando a coordenação motora, os movimentos e as células rítmicas dos instrumentos apresentados.
“Utilizamos ‘o Passo’ nas dinâmicas de grupo iniciais, em formato de roda, para explicar a relação entre os principais objetivos musicais a serem alcançados, que são as aulas de andamento, intensidade, espaço no tempo, coordenação motora etc.”, conta Mangueirinha.
Além da técnica de Ciavatta, a Bateria que é inspirada nas tradicionais escolas de samba tem a oralidade como principal método de ensino. O conhecimento que é passado de geração em geração, o olhar atento nas necessidades do presente, a escuta do coletivo e o afeto são os pontos fortes do ensino inclusivo.
“Montamos a metodologia da Bateria do Instituto TIM tendo o auxílio de várias influências e ensinamentos, como o estudo da segunda língua oficial do Brasil, a Libras, além da metodologia das cores, as formas geométricas e as onomatopeias criadas para facilitar o entendimento dos alunos. Contamos também com a troca de informações com os responsáveis para que entendam como funciona o dia a dia de cada aluno. Mas a maior e a melhor das metodologias que aplicamos é o amor”, acrescenta o Mestre Mangueirinha.
Os ritmistas participam de ensaios semanais e o grupo conta com mestre de bateria, músicos monitores, intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e acompanhamento psicológico. Esta edição do projeto é uma realização da Salvatore em parceria com o Centro da Música Carioca Artur da Távola, e com patrocínio da TIM por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio de Janeiro.
“Uma das maiores relevâncias da Bateria do Instituto TIM é a troca de informações em mão dupla, aprendemos muito mais com cada aluno do que ensinamos em nossas vidas – um novo olhar como profissional e ser humano –, sem falar dos relatos dos responsáveis que nos deixam todos os sábados com o coração cheio de amor, força e esperança. Isso nos mostra que estamos no caminho certo”, conclui o Mestre.