Mapas Culturais em eventos em SP

Mapas Culturais em eventos em SP

Imagem: Leonardo Germani fala em evento no CCSP

 

Em novembro, Mapas Culturais esteve na programação de dois eventos em São Paulo (SP). No dia 24, foi realizada uma palestra sobre o software e sobre SP Cultura − primeira instalação da plataforma − no Centro Cultural São Paulo (CCSP), como parte do Encontro Comunicação, Espaço Público e Cultura. No dia 25, Mapas Culturais foi apresentado na Biblioteca Mário de Andrade durante o evento State of the Map Latam, conferência anual voltada a mappers e usuários de OpenStreetMap (OSM) na América Latina.

O desenvolvedor Leonardo Germani, que faz parte da Rede Mapas Culturais e foi coordenador-geral de Monitoramento de Informações Culturais do Ministério da Cultura (MinC), participou da palestra no CCSP ao lado de Luciana Piazzon, responsável pelo SP Cultura na Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. A mediação foi de Márcio Yonamine, que trabalha no CCSP desde 2004 e faz parte do setor de Comunicação. Ele deu início à palestra contando que, antes de Mapas Culturais, as instituições culturais vinculadas à Prefeitura de São Paulo trabalhavam isoladamente e era difícil ter uma visão geral sobre suas ações.

Leonardo falou sobre a origem de Mapas Culturais, com o objetivo de criar uma plataforma aberta a todos. “A gente pensou que não tinha de fazer uma plataforma de informação. A gente tinha de fazer uma plataforma de comunicação e gestão e a informação seria uma consequência”, explicou. Luciana contou que havia a necessidade de uma ferramenta que facilitasse o trabalho da Secretaria de Cultura e permitisse divulgar as ações culturais de forma mais eficiente. “Faltava um olhar integrado para todas as instituições”, disse.

Mapas Culturais foi criado em 2013 em parceria entre o Instituto TIM e a Secretaria de Cultura de São Paulo, o primeiro município a adotar a plataforma (SP Cultura). Hoje, a ferramenta permite concentrar e gerir grande número de informações sobre programação cultural e projetos culturais em andamento na cidade.

Na Biblioteca Mário de Andrade, durante o State of the Map Latam, Leonardo apresentou Mapas Culturais em palestra com o jornalista André Deak, que também participou do desenvolvimento de SP Cultura. André falou sobre Arte Fora do Museu, plataforma colaborativa lançada em 2011 em São Paulo a partir do mapeamento das obras de arte que estão no espaço público da cidade, e uma das iniciativas que orientariam o desenvolvimento futuro de Mapas Culturais.

Leonardo falou sobre a importância das iniciativas de mapeamento e da criação de plataformas digitais que sejam alternativas livres e abertas. Ele disse que é necessário que essas plataformas sejam ferramentas úteis tanto para quem divulga quanto para o público, e que sejam apresentadas de forma “amigável” aos usuários. Leonardo ressaltou que plataformas como Mapas Culturais aumentam o poder de comunicação entre gestores e usuários. “A informação, com muito menos esforço, pode se espalhar por lugares aonde o gestor não conseguiria chegar sozinho”, afirmou.

Atualmente, existem 19 instalações de Mapas Culturais. A plataforma está em operação, além do município de São Paulo (SP) nos estados do Ceará, Rio Grande do Sul, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, no Distrito Federal e nos municípios de Sobral (CE), Blumenau (SC), São José dos Campos (SP), João Pessoa (PB), Santo André (SP), Belo Horizonte (MG), Ubatuba (SP) e Parnaíba (PI). No Ministério da Cultura, o software é utilizado por quatro plataformas: Cultura Viva, Museus BR, Mapa das Bibliotecas e Mapa da Cultura.

Luciana Piazzon fala em evento no CCSP
Leonardo Germani fala em evento na Biblioteca Mário de Andrade