Nos dias 26 e 27/02 aconteceu, em Brasília-DF, no prédio do Ministério da Cultura (MinC), a Oficina de Gestores Mapas Culturais, reunindo integrantes da Rede Mapas Culturais, gestores públicos, desenvolvedores e pesquisadores, além do Instituto TIM. O objetivo do evento era reunir subsídios e relatos de experiências, desafios e aprendizados das instalações do software para discutir o escopo do projeto no próximo um ano e meio.
A oficina foi promovida pelo Ministério da Cultura (MinC) e pela Universidade Federal de Goiás (UFG). A UFG, por meio de seu Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Mídias Interativas (Media Lab), será responsável por executar o plano de trabalho do projeto nos próximos 18 meses, em parceria com o MinC e secretarias vinculadas (Instituto Brasileiro de Museus-IBRAM, Cultura Viva, Sistema Nacional de Cultura e Bibliotecas).
“Em 2017 desenhamos essa parceria com a UFG. A ideia é ter capacidade de dar mais alguns passos na plataforma, sempre enxergando duas dimensões: setorial e visão regional”, explicou o coordenador-geral de Tecnologia da Informação do MinC, Nitai Silva, na abertura da oficina. “A parceria com o MinC tem 4 metas: disponibilizar versões estáveis do software Mapas Culturais; disponibilizar materiais de formação e apoio; formalizar o modelo de governança e ativar a comunidade de desenvolvedores; e disponibilizar e implantar o software Mapas Culturais em, pelo menos, 30% das cidades brasileiras com mais de 500.000 habitantes”, complementou o coordenador do Laboratório de Políticas Públicas Participativas da UFG, Dalton Martins.
O primeiro dia da oficina foi dedicado ao compartilhamento de informações sobre os próximos passos do projeto e relatos sobre quais são os usos, desafios e necessidades de aprimoramento das instalações de Mapas Culturais em Santo André-SP (CulturaAZ), no estado de São Paulo (SP Estado da Cultura), no IBRAM (Museus BR), no Ceará (Mapa Cultural do Ceará), no Distrito Federal (Mapa nas Nuvens) e na Rede Cultura Viva (Rede Cultura Viva).
Entre as principais necessidades foram citadas a padronização de informações do público e de dados para Lei de Acesso à Informação; melhorias na visualização (Santo André); o desafio de se proteger com backups (Distrito Federal); e a geração de indicadores (Rede Cultura Viva). Outros relatos compartilhados foram de que, em São Paulo, a plataforma é utilizada como uma grande agenda cultural; que o IBRAM utiliza os dados da plataforma Museus BR como mala direta, criando uma relação de contato contínua com os museus cadastrados; e que, no Ceará, foi desenvolvido o aplicativo Agenda.CE, que puxa dados do Mapa Cultural do Ceará, e implementadas ferramentas para contato com os usuários.
No segundo dia, o grupo participou de uma oficina sobre o método Diagnóstico Rápido Participativo (DRP). O diagnóstico resultante, baseado nos relatos das instalações da Rede Mapas Culturais, teve como objetivo construir a visão estratégia de atuação do projeto para 2018. “Esse encontro com gestores e com a equipe técnica como ouvintes tenta pensar sobre o que o Mapas pode alcançar em nível mais geral”, resume Leonardo Germani, do Media Lab. A oficina foi mediada pela pesquisadora vinculada ao Media Lab Daniela Ribas Ghezzi.