No dia 05 de maio, os grupos participantes de Academic Working Capital 2018 se reuniram pela primeira vez – ainda que no ambiente virtual – para conhecer o programa, assistir a palestras sobre empreendedorismo e mercado e ouvir os primeiros feedbacks de suas soluções. O encontro aconteceu no primeiro dia Workshop I, que, neste ano, será realizado totalmente em formato online. As atividades aconteceram durante todo o sábado, das 9h às 18h, e reuniram representantes dos 31 grupos participantes.
O professor da Universidade de São Paulo Marcos Barretto, consultor acadêmico de AWC, e o mestre em Engeneering Design Diogo Dutra, consultor de conteúdo de AWC, fizeram a apresentação inicial do Instituto TIM e de AWC. “Não vai ser fácil, mas o que eu posso garantir pra vocês é que vai ser um processo de muito aprendizado e de muito ganho”, avisou Marcos. Depois, foi a vez da chefe de equipe Anabelle Custódio e dos coaches Artur Vilas Boas, Rodrigo Franco, André Dib e Isabela Modesto se apresentarem.
Ao longo da manhã, os estudantes conheceram a dinâmica de entregas e acompanhamento do programa e as ferramentas utilizadas para comunicação e compartilhamento de arquivos. Também foram realizadas palestras formativas, já abordando questões que em breve farão parte do dia a dia dos grupos.
Marcos Barretto e Diogo Dutra falaram sobre empreendedorismo científico, que é a principal base conceitual de AWC e compreende testar continuamente a solução e o modelo de negócio, sempre conversando com clientes e mercado e alterando a ideia conforme os feedbacks recebidos. Diogo falou sobre a dinâmica das startups, a importância de saber quem é o cliente e o conceito de pivotar (mudar o rumo do negócio). “O empreendedorismo se baseia em ir a campo, entender os sinais, os fatos e eventualmente pivotar e fazer escolhas”, explicou. “Quanto antes você fizer esse ciclo de forma intensa, mais rápido você tende a convergir para hipóteses reais de agregar valor, e você vai construindo sua empresa nesse processo.”
Outros temas abordados foram oportunidades de mercado e modelagem da solução. O coach Artur Vilas Boas falou da importância de olhar para outros mercados e mostrou tendências de mercados interessantes para startups. “É importante entender que grandes oportunidades são fruto de grandes dores do mercado e mercados muito relevantes”, afirmou. Depois, Artur e Rodrigo Franco falaram sobre a modelagem da solução (problem solution fit). “Há dois conceitos importantes: o segmento de cliente que você está atacando e a proposta de valor que você vai entregar. E o fit, o encaixe entre essas duas coisas, é o que vai trazer a inovação que a startup de vocês vai entregar”, explicou Rodrigo.
O primeiro dia do Workshop I também foi de mão na massa. Ao longo da programação, os estudantes tiveram intervalos para entrevistar pessoas e coletar feedbacks de suas soluções. Até o final do dia, eles deveriam ter conversado com dez pessoas. Com as informações coletadas, eles começaram a trabalhar no deck de slides – template que registrará todo o trabalho de aprimoramento da solução. Depois, nos clusters (os grupos foram separados em 5 clusters, cada um liderado por um coach), eles mostraram seu trabalho e receberam feedbacks do coach e dos colegas.
Para finalizar, o engenheiro Fernando Lopes, da startup Mvisia, criada durante AWC 2015, contou a história da empresa, falou sobre lições aprendidas e os maiores aprendizados que teve com o programa, além de dar dicas para os futuros empreendedores. Além disso, os estudantes receberam um recado especial do vice-presidente de Estratégia e Inovação da TIM, Luis Minoru Shibata, que gravou um pequeno depoimento, dizendo que a expectativa para o programa está alta. “A vida é assim, gente: não tem sábado, não tem domingo, quando a gente quer empreender a gente tem que ir atrás, tem que correr, fazer diferente e evoluir.”
O segundo dia do Workshop I será realizado em 12/05, também em formato online.