No dia 18 de junho, o Instituto TIM e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram oficialmente sua parceria para a mobilização global Fora da Escola Não Pode!. O anúncio foi feito durante o 15º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, realizado pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) entre 16 e 19 de junho na cidade de Mata de São João (BA). A Undime e o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (CONGEMAS) também são parceiros nessa iniciativa.
O objetivo é oferecer aos municípios brasileiros uma solução tecnológica para a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola utilizando Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). “Uma das coisas principais é encontrar a criança, mas a pergunta-chave que a ferramenta vai ajudar a responder é por que essa criança não está na escola”, explicou o representante do UNICEF no Brasil, Gary Stahl, durante o evento. Com essas informações, os municípios poderão criar políticas públicas efetivas para combater a exclusão escolar.
Para orientar o projeto, foram identificadas boas práticas de busca ativa realizadas por municípios, estados, órgãos públicos e instituições. “É uma tecnologia móvel que pode ser usada em tablets e celulares, o que dá uma mobilidade enorme para buscar as informações junto às crianças, de modo a saber por que elas não estão na escola.”, afirmou o presidente do Instituto TIM, Manoel Horacio. Em setembro, São Bernardo do Campo (SP) será o primeiro município a utilizar a solução em formato piloto. O projeto será implementado em outros 19 municípios de diferentes portes, localizados em regiões vulneráveis e que possuam altos índices de crianças e adolescentes fora da escola.
Há, no Brasil, 3,8 milhões de crianças e adolescentes fora da escola, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Para reduzir esse número, o UNICEF e o Instituto de Estatística da UNESCO (UIS) criaram a mobilização global Out-of-School-Children (OOSC) em 2010. No Brasil, o projeto é desenvolvido em parceria com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação.