Começou em São Paulo (SP), na manhã de 18 de julho, o Workshop II do programa Academic Working Capital em 2016. Cerca de 60 estudantes, dos 26 grupos que participam neste ano, estiveram reunidos para ouvir palestras, participar de dinâmicas e discutir seus modelos de negócio. O Workshop II acontece até 20 de julho no auditório e nas salas do prédio da Engenharia Elétrica na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
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A programação começou com as boas-vindas do professor da USP Marcos Barretto, coordenador acadêmico de AWC. Depois, o engenheiro mecatrônico Diogo Dutra, coordenador de conteúdo de AWC, recapitulou a estrutura do programa, lembrando que o tema do Workshop I foi a obsessão pelo usuário e a necessidade de realizar experimentos reais. Citando o empreendedor norte-americano Steve Blank e o criador do jogo Pokémon GO, John Hanke, Diogo mostrou que, a partir de agora, os estudantes sairão de um modelo de solução para um modelo de negócio com o objetivo de estimar seu lucro.
No painel “De produto para negócio”, Diogo explicou rapidamente a ferramenta Business Model Canvas. “No final vocês vão olhar receita e custo e pensar: isso dá negócio ou não dá?” Ele contou a história da startup norte-americana Pair Eyewear, que produz óculos customizáveis para crianças. Depois de ir a campo e fazer pesquisas e entrevistas, os empreendedores da Pair Eyewear mudaram totalmente seu modelo de negócio. “Precisa manter esse olhar curioso, esse olhar que não aceita simplesmente a primeira entrevista, que faz testes rigorosos”, salientou.
Após as palestras iniciais, os grupos foram para as salas e trabalharam em seus modelos de negócio; depois, foram divididos em novos clusters, conforme proximidades de tecnologia ou mercado. Esta é a primeira vez que todos os grupos de 2016 se encontram pessoalmente, já que o Workshop I foi realizado online para os grupos da 2ª chamada.
Mais tarde, todos voltaram ao auditório e assistiram à palestra de Rogério Nogueira, CEO da Weka e sócio das startups Colaboradores e Captr. Rogério falou sobre estratégias de marketing e vendas e formas de adquirir e converter clientes. “Como eu vou atrair e qual vai ser a conversão real para essas pessoas? Isso vai estar no plano de negócios. E é importante testar esse plano de negócios”, afirmou. “Vender é algo que se aprende.” Rogério falou das competências que ele considera necessárias para ser um bom vendedor, como disciplina, habilidade de se comunicar, criatividade e capacidade investigativa. No final, os estudantes fizeram perguntas e o empreendedor deu dicas de livros e ferramentas.
O segundo painel do dia foi sobre mercados e modelos de receita. O coordenador de monitores de AWC, Artur Vilas Boas, que também é membro do Núcleo de Empreendedorismo da USP, mostrou exemplos de empresas com possibilidades de receitas diferentes do modelo de venda simples (aluguel ou venda com manutenção, licenciamento/franquias, freemium etc.). “Calcular o tamanho da oportunidade é precificação vezes dimensionamento”, explicou. Artur repassou alguns pontos de atenção para os estudantes refletirem. De volta às salas, os grupos se reuniram para pensar na estratégia de seus modelos de receita.