Duas iniciativas apoiadas pelo Instituto TIM levam experimentos científicos sobre a luz a crianças de escolas municipais de Natal (RN) e Campina Grande (PB). Os projetos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foram contemplados pelo edital de apoio a museus e centros de ciência e tecnologia, lançado em 2015 pelo Instituto TIM em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O projeto Luz em Sete Tons, do IFRN, propõe experiências a crianças de 4 a 9 anos do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e outras escolas de Natal. Cada atividade recebeu o nome de uma das cores do arco-íris e estará presente com detalhes em sete livretos para os professores, que serão distribuídos em cerca de 80 escolas. Até o final de 2017, os materiais serão disponibilizados em um site, que também contará com vídeos, animações e outros recursos.
São abordados assuntos como astronomia e decomposição da luz branca. Os alunos participam de oficinas como casa de espelhos e experimentos com luzes de diferentes cores. “A ideia é estimular o interesse das crianças e mostrar que a ciência é acessível a todos e não algo somente do cientista em seu laboratório; nos basta pensar como cientistas”, explica o coordenador do projeto, Jacques Cousteau da Silva Borges.
A equipe já havia desenvolvido atividades de divulgação científica para alunos de Ensino Médio, mas é a primeira vez que o público infantil é contemplado. “É um momento de testar metodologias, de ver o que funciona melhor com as crianças e desenvolver um material que poderá ser usado por outros professores”, diz.
Em Campina Grande, o projeto Produção da Luz: Espectros Contínuos e Espectros Discretos, da UFCG, convidará crianças de 8 a 10 anos a fazer experiências sobre conceitos relacionados à luz. São três dias de atividades com cores e luzes, além da confecção de um espectroscópio caseiro. No quarto dia, os alunos vão ao campus da UFCG para testar seus espectroscópios. As crianças também receberão um livro sobre a natureza da luz, com explicações, exercícios e roteiro de montagem do equipamento. A previsão é que pelo menos 300 crianças sejam envolvidas.
Os professores das escolas participantes passam por um dia de formação antes de levar o projeto para as salas de aula. Alunos da licenciatura em Física e de Pedagogia da UFCG acompanham os professores. O projeto é coordenado por Alexandre Campos, do departamento de Física, em parceria com Maria das Graças Oliveira, da Educação. O resultado das passagens pelas escolas será material para pesquisa.
O objetivo do projeto é trabalhar temas complexos com o público infantil e estimular a curiosidade. “A escola dá muito valor aos conceitos. Na ciência, não aprendemos só conceitos, mas também procedimentos”, diz o coordenador. Ele explica que os erros que as crianças cometem durante as atividades são fundamentais para o aprendizado científico porque elas são incentivadas a não desistir e fazer novos testes.
No total, 50 projetos relacionados à luz e à divulgação científica para crianças de 4 a 10 anos foram selecionados pelo edital do Instituto TIM e do CNPq. A temática foi escolhida em comemoração ao Ano Internacional da Luz, celebrado em 2015. Foram aprovados projetos de 18 estados de todas as regiões do Brasil. O edital faz parte da linha de apoio a museus e centros de ciência e tecnologia realizada pelo Instituto TIM desde 2012.