O programa de educação empreendedora do Instituto TIM, Academic Working Capital, apoia estudantes da graduação que querem transformar seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) em startups de base tecnológica. Desde 2015, diversas equipes passaram pelo programa e aprenderam sobre o método de empreendedorismo científico que o caracteriza. Muitos desses grupos levaram seus projetos e aprendizados para frente e se tornaram startups de sucesso.
Os participantes de AWC 2017 Pedro Fornari, Lucas Pereira, Marcos Hollerweger e João Fornari queriam desenvolver, inicialmente, um sistema de software e sensores que mapeasse e identificasse irregularidades em rodovias. Assim nasceu a Road Labs (www.kartado.com.br/), que, com o tempo, passou a expandir sua base de clientes. “O pessoal foi usando a solução e querendo identificar outras coisas. Acabamos dando uma abrangência maior ao produto, inserindo mais inputs de dados”, conta Pedro.
Hoje, a solução da Road Labs oferece opções para gestão de pessoas e aprimoramentos financeiros. O foco foi de rodovias para infraestrutura. “Estamos com nove clientes de rodovias, mas também estamos com uma parceria com a Engie. Duas usinas hidrelétricas já utilizam o software e são pagantes”, explica Pedro. E os aprendizados adquiridos no AWC continuam impactando no dia a dia da startup. “Mudou toda a forma como enxergamos os negócios. Levamos coisas para o dia a dia como o sistema de validação e teste de produtos.”
Mariana Macedo Ribeiro e Marcelo Martins entraram em AWC 2018 com a Homeshelf, uma plataforma que ajudava profissionais de arquitetura a encontrar clientes. Ao longo do programa, o grupo pivotou e decidiu criar uma plataforma, voltada para arquitetos, que facilitava a busca de móveis e produtos de decoração para construção de projetos 3D, otimizando a comparação de preços e representação gráfica.
Pensando em reunir o maior banco de dados com produtos brasileiros possível, Mariana e Marcelo fizeram uma parceria, adquiriram um novo sócio e assumiram o nome Casoca (casoca.com.br). Segundo Mariana, a maior lição de AWC foi justamente a metodologia. “A questão do empreendedorismo científico, aprender a conversar com as pessoas e entender o que eles precisam”, conta a empresária.
Para quem está chegando ao final do programa agora, Mariana e Pedro deixam dicas valiosas. “A primeira dica é para estudar bastante o que a Equipe AWC fala, porque é bem importante, aproveitar tudo que o programa oferece. É importante também manter a metodologia de testar, validar e documentar tudo que você fizer”, indica Pedro. “Se você acredita na sua ideia e se você acredita no programa, persista. Porque pode dar certo mesmo”, diz Mariana.
Conheça outras empresas que nasceram em AWC e continuam firmes no mercado:
Mvisia (mvisia.com.br) | AWC 2015
Fernando Lopes, Fernando Velloso e Henrique Oliveira criaram uma máquina inteligente capaz de selecionar mudas de eucalipto. Hoje, a empresa está consolidada no agronegócio, ampliando sua solução para câmeras com inteligência artificial que auxiliam em diversos processos industriais.
NanoTropic (nanotropic.com.br) | AWC 2016
Leonardo Kalinowski, Yuri Matos e Gustavo Suckow desenvolveram uma tecnologia nanoaditiva e antimicrobiana capaz de ser acrescentada a materiais, como plásticos, papéis, cerâmicas e tintas, conferindo a eles propriedades bactericidas e fungicidas. Atualmente a empresa trabalha nas indústrias têxtil, de polímeros, químicos e de tintas.
Aqualuz (www.sdwforall.com.br/aqualuz) | AWC 2018
Anna Luísa Beserra Santos, Lucas Gama Dantas Ayres e Letícia Nunes Bezerra desenvolveram uma solução para potabilizar água de maneira simples, com baixo custo e alta durabilidade. Criado especialmente para o Semiárido, o dispositivo pode ser utilizado em cisternas e disponibiliza 28 litros de água por dia pronta para o consumo. A Aqualuz ficou em 2º lugar no HackBrazil 2018/2019 e Anna Luísa representou o Brasil no Prêmio Jovens Campeões da Terra, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Helidrop | AWC 2018
Bruno Bagarini e Victor Hugo Turcato combinaram o interesse em aeronáutica e inovação agrícola para desenvolver um helicóptero não tripulado que realiza uma pulverização inteligente, geolocalizada, com menor custo, menos defensivos e menor contaminação ambiental. A empresa foi uma das finalistas do HackBrazil 2018/2019.
K.BANA (www.querokbana.com.br) | AWC 2018
Com o objetivo de fornecer um serviço de construção sustentável e em harmonia com a natureza, Alexandre Wolf, Isabela Franceschi e Larissa Pagnussat decidiram utilizar um sistema chamado woodframe, feito de madeira tratada, com isolamento térmico-acústico e proteção contra umidade, para formar painéis que podem levar qualquer tipo de acabamento.
NextCam (next-cam.com) | AWC 2018
Com o objetivo de reduzir custos e aumentar a segurança em canteiros de obra, Adriano Peniche dos Santos, Guilherme Cordeiro Vogt e Luis Guilherme Dias de Souza criaram uma solução que, por meio de inteligência artificial e visão computacional, utiliza uma câmera inteligente para identificar riscos e, assim, facilitar ações preventivas. Além de participar do HackBrazil 2018/2019, a NextCam venceu o Prêmio ENGIE Brasil de Inovação 2019.