Nos dias 4 e 5 de junho, os 21 grupos selecionados para o Academic Working Capital 2022 reuniram-se para o primeiro workshop do programa que terá duração até dezembro. Neste encontro, os participantes conheceram a trilha de conhecimento a ser desenvolvida no AWC, assistiram palestras sobre o universo dos negócios e de startups e receberam dos mentores os primeiros feedbacks de seus projetos.
Com um total de 52 universitários, sendo 69% homens e 31% mulheres, de instituições públicas e privadas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, os projetos selecionados atendem diversas áreas, como educação, saúde, meio ambiente, tecnologia, entre outros. O workshop, realizado no espaço B-HUB da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo (SP), foi a primeira atividade presencial do programa após dois anos de encontros remotos por conta da pandemia de Covid-19.
Para o presidente do Instituto TIM, Mario Girasole, um dos grandes diferenciais do AWC é estimular o empreendedorismo a partir da transformação dos TCC em negócios. “O AWC estimula os universitários brasileiros a pensar na tecnologia como habilitadora de mudanças importantes no mundo e os auxilia a vislumbrar novas oportunidades de carreira nesse percurso”, comenta.
Definição do Problema
Com uma agenda intensa de atividades, a Definição do Problema foi o primeiro tema a ser abordado. Em seguida, todos os grupos se apresentaram e falaram de seus projetos. “Na universidade, aprendi sobre o modelo Tríplice Hélice da Inovação, que une governo, universidade e empresa na criação de novos produtos. Ao ver que o Instituto TIM vem realizando o AWC dentro desse conceito, fiquei motivado a transformar a minha ideia em realidade”, relata Jonas Cunha da Silva, estudante de Engenharia de Bioprocessos na Universidade Federal do Pará e inscrito com o projeto Revfood.
Na sequência, o coordenador de conteúdo do AWC e professor na FAAP, Leandro Queiroz, falou sobre como startups podem ser importantes meios de se criar soluções inovadoras para os desafios da sociedade. Reforçou também que a criação de um negócio tem início com a definição do problema de mercado – tema dessa primeira etapa do programa, que finaliza em julho. “Qual o propósito do negócio de vocês? A jornada começa hoje com a problematização e validação do problema mapeado”, explicou. A manhã se encerrou com o bate-papo “Existe vida após o AWC”, com Thalita Braga e Leandro Rodrigues, participantes de edições de 2019 e 2016 do programa.
Ideias que inspiram
As atividades da parte da tarde começaram com uma palestra inspiradora do fundador da startup Voe sem Asas e da Soul Urbanismo, Augusto Aielo, que contou sobre a sua trajetória e desafios que enfrentou. Na sequência, os mentores do programa foram apresentados e os participantes puderam identificar qual mentor dá “match” com o seu projeto. Cada grupo será acompanhado de perto por um dos quatro mentores: Elisabete Fernandes, consultora de Empreendedorismo e Inovação no Sebrae-SP, Amanda Graciano, empreendedora e startup Hunter, Fabio Zoppi Barrionuevo, profissional da área de Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo, e Sérgio Antezana, engenheiro eletricista e membro de comitês de avaliação de startups.
O Workshop I também foi de mão na massa. Após a palestra com Sérgio Antezana, os grupos se reuniram para trabalhar na identificação do problema de mercado e do arquétipo de cliente. “Essa atividade tirou toda equipe da zona de conforto e nos fez refletir se estávamos no caminho certo. Entender e conhecer quem vamos atender foi um diferencial. Antes tínhamos apenas esboços e saímos com o arquétipo pronto para ser validado”, conta Ana Clara Pereira de Morais, estudante de Engenharia de Produção na Universidade Federal de Ouro Preto e inscrita com o projeto Lebre.
O percurso até o Pitch
O segundo dia do Wokshop começou com a coordenadora executiva do AWC, Anabelle Custodio, apresentando toda a jornada do programa até o seu encerramento em dezembro deste ano. Após essa primeira etapa de definição de problema de mercado, os universitários devem validar a solução, definir o modelo de negócio e, na última fase, o foco é a inserção no mercado e treino de pitch, ou seja, do discurso de venda do produto ou serviço que eles criaram. Em seguida, Leandro Queiroz aprofundou o tema problema de mercado usando como exemplo a história da startup Jobpet, fundada por Daniel Pereira, que atua com recrutamento e treinamento de equipes especializadas no mercado pet. “O arquétipo é a pessoa que tem o problema e a tarefa de vocês é identificar qual é a dor latente do seu cliente”, explicou. E para falar sobre “Validação de problema: a base de uma ótima solução”, o AWC trouxe Jozi Belisiario, fundadora da Aneesa, e-commerce especializado na venda de bonecas pretas. E a manhã do segundo dia do Workshop I finalizou com uma explanação sobre como preparar o experimento de validação.
Após o almoço, o mentor Fabio Zoppi Barrionuevo apresentou as diferentes formas de se elaborar e testar a entrevista, que irá ser utilizada nessa etapa de validação. O intuito foi dar insumos para que, na sequência, os grupos reunidos iniciassem a construção do questionário a partir de algumas perguntas orientadoras, como “qual o problema ou dor seu TCC resolve?”, “quem é o meu arquétipo”, “que tipos de perguntas podem ser feitas ao meu arquétipo?”. “Vocês devem ser capazes de identificar e entender os problemas de seus clientes. E devem aprender como eles querem resolver o problema e ainda entender o que está no caminho deles”, explicou o mentor.
O dia finalizou com outra palestrante convidada, Julie Calderon, empreendedora de A Sementeria, do ramo de alimentos. “Todas as atividades foram muito especiais e destaco as palestras com os empreendedores convidados. Entender que o caminho de um empreendedor é feito de riscos e possíveis fracassos me mostrou que não é uma jornada tão linear quanto eu imaginava. E que podemos errar, mas não desistir dos sonhos”, conta Herbert Oliveira, estudante de Engenharia Química na Universidade de São Paulo e inscrito com o projeto Inova Praia.
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