Seis integrantes da Bateria do Instituto TIM participaram do desfile de Carnaval da Escola de Samba Império da Tijuca, na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro. O desfile aconteceu no dia 2 de março a partir das 21h. A escola de samba foi a primeira do Grupo Especial a entrar na avenida e levou o tema “Batuk”, em referência aos sons da África.
Os participantes da bateria foram convidados pela diretoria da escola de samba após o último encontro entre os músicos da Império da Tijuca e do Instituto TIM, no final de 2013. “É a primeira vez que eles são convidados para participar de um desfile de escola de samba. O mais importante desta oportunidade é aumentar a inclusão social e quebrar preconceitos”, afirma o mestre de bateria da Bateria do Instituto TIM, Mangueirinha. Os convidados não tocaram no dia, apenas desfilaram no carro.
A Bateria do Instituto TIM é composta por 45 jovens com idades entre 9 e 18 anos. A maioria deles é surda, mas também há jovens com cegueira, autismo e déficit cognitivo, e outros que não possuem nenhuma necessidade especial. O projeto é desenvolvido no Rio de Janeiro, onde Mangueirinha, auxiliado por monitores e um intérprete, ensina os jovens a tocarem os instrumentos típicos de uma bateria de escola de samba. A equipe utiliza, entre outras ferramentas, a metodologia “O Passo”, de Lucas Ciaviatto.
O enredo da Império da Tijuca é de autoria do carnavalesco Júnior Pernambucano e falou sobre o batuque – o som e tambores – na música, dança, combates e religião. A história foi contada por 31 alas e 3.300 foliões, e enfatizou as raízes africanas na cultura brasileira. Os jovens entraram na última alegoria, sobre Inclusão Social, junto a outros convidados. A equipe do projeto deu suporte aos integrantes durante todo o trajeto.
Segundo Mangueirinha, a Império da Tijuca havia disponibilizado seis convites para o desfile. “Todo mundo queria participar, ainda mais por ser novidade. Aí, coube a nós escolher alguns”, explica. As crianças foram selecionadas com base na disponibilidade do participante e dos responsáveis, assiduidade e tempo de participação no projeto. Cada um que subiu na avenida está há 2 anos na bateria.