O lançamento do livro “Bateria na Escola de Samba”, do maestro e compositor Leandro Braga, contou com a presença de 20 participantes da Bateria do Instituto TIM, que mostraram como um grupo desse tipo funciona na prática. Os jovens compareceram ao evento – na noite do dia 27 de março no Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, no Rio de Janeiro – e tocaram os instrumentos típicos de uma bateria de escola de samba separadamente. Eles também apresentaram em conjunto um repertório de batidas tradicionais das baterias cariocas e de outros ritmos brasileiros.
Leandro acompanha a Bateria do Instituto TIM desde o início do projeto. “É uma bateria única porque congrega pessoas com e sem necessidades especiais junto com as habilidades das escolas de samba”, afirma. Para ele, a apresentação dos jovens no lançamento do livro é uma forma de trazer notoriedade para os dois trabalhos. “Eles estão fazendo bonito. A valorização da bateria vem crescendo cada vez mais e o resultado musical é muito rico”, explica.
Segundo o maestro, não existem baterias no Rio de Janeiro como a do Instituto TIM – que tem o objetivo de reunir jovens com e sem necessidades especiais, e que é formada por uma maioria de jovens surdos. “Participar de atividades musicais em grupo qualifica características físicas e contribui para a evolução social do jovem. Por isso que muitas pessoas que passam por tratamentos e têm necessidades especiais contam com aulas de música”, reforça.
No lançamento do livro – que explica detalhadamente como funcionam as baterias, quais são seus instrumentos e o que significam os gestos e comandos –, os participantes deram suporte prático às explicações do mestre de bateria da Bateria do Instituto TIM, Mangueirinha, que falou sobre os instrumentos. Mangueirinha foi convidado por Leandro Braga para ser o consultor técnico do livro. “Acompanho o trabalho do Mangueirinha e, sem dúvidas, o chamei para participar do livro para que contasse com intimidade melhor esse universo”, conta Leandro.