O dia 18 de janeiro foi o último dia do Workshop I do programa Academic Working Capital – ao mesmo tempo, foi apenas o início de um intenso trabalho que os participantes realizarão em 2017. Na primeira atividade do dia, os grupos foram divididos em duas salas de aula do prédio da Engenharia Mecânica e Naval da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) para fazer uma apresentação de seus projetos, usando como base o deck de slides construído ao longo do workshop. Os estudantes explicaram suas propostas de valor, segmentos e personas de clientes, jornadas do usuário e o que aprenderam durante esse processo inicial.
Confira o que aconteceu no primeiro e no segundo dia do Workshop I
A equipe AWC deu orientações para os grupos aprimorarem suas apresentações e projetos e mais dicas para a realização das entrevistas, explicando como elas podem ser aproveitadas para solucionar as suposições e dúvidas da matriz CSD. Em seguida, os grupos fizeram as últimas entrevistas agendadas durante o workshop (pessoalmente, via Skype ou por telefone) e iniciaram contato com outros potenciais clientes e parceiros. O objetivo é que nos próximos três meses eles consigam realizar 100 entrevistas. Ao retornar, os estudantes puderam atualizar seus decks de slides conforme o feedback da equipe e o resultado das entrevistas.
Miguel Chaves, sócio da consultoria em inovação e design CAOS Focado, conversou com os participantes para retomar as principais ferramentas apresentadas durante o workshop: Value Proposition Canvas, matriz CSD, personas e jornada do usuário. Por meio de um esquema desenhado na lousa, ele mostrou como uma ferramenta está conectada a outra e que o funcionamento delas é um ciclo. “Essa é a maneira de fluxo que vocês vão trabalhar o ano todo. Isso é método científico. Vocês vão trabalhando, pesquisando, entrevistando, avaliando até saber se o que vocês têm é uma certeza”, disse.
O engenheiro mecatrônico e coordenador de AWC Diogo Dutra lembrou lições importantes aprendidas no workshop e explicou como será o fluxo de trabalho e as expectativas para os grupos nos próximos meses. “O mais importante nesse processo são as entrevistas. Não tomem decisões bruscas baseadas em uma entrevista só”, aconselhou. Até o primeiro Workshop Online, em 29 de abril, os estudantes continuarão as entrevistas e a atualização do deck de slides e participarão de reuniões de acompanhamento com a equipe de AWC. “Quem vai virar expert no cliente e na proposta de valor são vocês. Nós vamos assegurar que vocês estão falando com as pessoas certas, tomando as decisões certas e evoluindo nesse ciclo de aprendizado”, acrescentou Diogo.
Depois que Miguel explicou o funcionamento do suporte financeiro oferecido pelo programa, cada grupo teve 10 minutos para fazer uma nova apresentação de seu deck de slides atualizado. Diogo, Miguel, Marcos Barretto, coordenador acadêmico de AWC, e os membros da equipe do programa Artur Vilas Boas e André Dib se revezaram para comentar as apresentações.
No final, os estudantes compartilharam suas impressões sobre o Workshop I. “Vocês instigaram a gente, fizeram a gente pensar não só na tecnologia, mas em como vamos impactar a vida das pessoas”, comentou Rafael Cabral Pinto, estudante de Engenharia Mecatrônica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). Gabriel Ribeiro Reis, aluno de Engenharia Mecatrônica da USP, destacou como positivo o fato de que os membros da equipe de AWC têm expertises em áreas distintas (engenharia, administração e comunicação), o que contribui para o desenvolvimento de diferentes aspectos do projeto.