![Edital: conheça dois dos projetos](https://institutotim.org.br/wp-content/uploads/2016/05/Destaque-UFSC-Curitibanos1-scaled.jpg)
O edital de apoio a museus e centros de ciência e tecnologia, lançado em outubro de 2015 pelo Instituto TIM em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), beneficiou 50 projetos de divulgação científica voltados para crianças entre 4 e 10 anos. Instituições de todo o país estão, agora, na fase de planejamento e desenvolvimento dos projetos – 90% deles estão relacionados com o Ano Internacional da Luz, celebrado em 2015 e escolhido como tema do edital. Conheça, a seguir, dois desses projetos: um de Roraima e outro de Santa Catarina.
Uma das três propostas da Universidade Estadual de Roraima (UERR) contempladas pelo edital tem como tema “Iluminando os caminhos da vida na Terra”. A ideia é promover duas exposições interativas que apresentam a importância da luz para a evolução da vida na Terra. Será mostrada a expansão da biodiversidade ao longo do tempo e a sua relação com a luz, com destaque para a biodiversidade da região amazônica. O projeto está sendo organizado por equipes multidisciplinares da UERR, da Universidade Federal de Roraima e do Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação de Roraima.
A exposição fixa será realizada em Boa Vista e terá uma duração inicial de três meses, com a possibilidade de ser expandida. Ela será dividida em cinco instalações interativas com infográficos, atividades, jogos e materiais que poderão ser manipulados pelos visitantes. O público-alvo é de crianças entre 7 e 10 anos, mas pessoas de todas as idades poderão visitar. Já a exposição itinerante levará elementos da versão fixa para as cidades de Rorainópolis, Caracaraí e Alto Alegre. Escolas públicas serão convidadas a visitar as exposições, e os professores receberão um livro com conteúdo e infográficos sobre o tema.
“A exposição será como um fio condutor entre as diferentes ciências. E o professor, ao levar seus alunos e participar, perceberá a conexão entre esses conhecimentos”, diz a professora e pesquisadora da UERR Juliane Marques de Souza, líder do projeto. Este ano será dedicado à organização das exposições e à montagem das instalações, para que ambas sejam lançadas em 2017. “É raríssimo ter exposições que envolvam ciência e tecnologia em Roraima”, afirma Juliane. “A gente tem que investir na necessidade da sociedade se comunicar com a ciência e da ciência se comunicar com a sociedade, então esse edital foi uma grande oportunidade para isso”, completa.
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Em Curitibanos (SC), estudantes do 4º ao 6º ano de duas escolas farão atividades no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) relacionadas ao sensoriamento remoto. É uma técnica para obter imagens da superfície terrestre por meio da detecção e medição das interações entre a radiação eletromagnética e os objetos da superfície da Terra. Segundo o professor da UFSC e coordenador do projeto, Alexandre ten Caten, essa é uma área que permite uma grande interdisciplinaridade com assuntos explorados em sala de aula. “Parece um tema complicado, mas não é, porque a gente conta com um aspecto bastante positivo das crianças, que é a curiosidade”, diz. “O sensoriamento remoto pode ser traduzido para elas à medida em que falamos de satélites, do planeta Terra, de florestas e outros temas.”
Além de aprender o que é o sensoriamento remoto, seu uso no dia a dia e conceitos iniciais sobre luz e energia eletromagnética, os alunos farão atividades práticas em que poderão trabalhar com mapas e softwares no Laboratório de Geomática do campus. Também estão sendo produzidos diversos mapas da região que mostram cidades, rios, solos e florestas. Esses mapas serão impressos e utilizados tanto nas atividades do projeto quanto nas escolas, já que os professores poderão levá-los.
Alexandre está em contato com professores das duas escolas para planejar as atividades, que devem começar a partir de julho e se estender durante 2017, envolvendo cerca de 10 turmas. Este é o terceiro ano em que o Laboratório de Geomática promove atividades com escolas da região. “A vinda das crianças até a universidade faz com que elas sintam o ambiente universitário desde pequenas e comecem a almejar a buscar o dia em que elas mesmas possam estar aqui como graduandas”, acrescenta.
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A bolsista de Iniciação Científica Geisy Bahls, que faz parte da equipe de Alexandre, fez um vídeo apresentando o projeto: