Mais de 50 estudantes de universidades públicas de todo o país foram selecionados para participarem do programa de Bolsas Instituto TIM-OBMEP 2019, oferecidas pelo Instituto TIM em parceria com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).
Ao todo foram 599 inscrições recebidas no processo seletivo, que ocorreu durante o mês de março. Dentre os bolsistas de 2019, os cursos com mais matriculados são Engenharia, com 19 estudantes, e Matemática, com 17. Os estados de Minas Gerais e Piauí tiveram o maior número de estudantes contemplados: 13 e 8, respectivamente. Esse resultado está alinhado à distribuição dos bolsistas por região: do total de 200 universitários que participam do programa atualmente, 47% estão no Sudeste e 36%, no Nordeste.
“Imaginei que haveria uma concentração grande no Sudeste, mas não foi o que aconteceu. Temos muitas pessoas no Nordeste também. Isso acontece porque há muitos medalhistas nessa região, principalmente no Piauí, porque algumas escolas já preparam seus alunos para as Olimpíadas”, explica o coordenador-geral da OBMEP e diretor-adjunto do IMPA, Claudio Landim. Segundo ele, alunos nordestinos têm mais dificuldade para acessarem a universidade, na comparação aos que moram em centros urbanos no Sudeste, em razão das grandes distâncias.
Landim conta que um dos maiores ensinamentos durante a trajetória do programa, que já está na quinta edição, é que ele deve ir além do apoio financeiro. “Temos muitos coordenadores que estão em diversas universidades e que fazem o acompanhamento, caso algum dos alunos passe por dificuldade. Não adianta apenas oferecer ajuda financeira, mas não fazer um acompanhamento, muitas vezes psicológico.”
Os bolsistas IT-OBMEP são estudantes com poucos recursos financeiros, medalhistas em alguma edição da OBMEP e que foram aprovados em cursos nas áreas de Astronomia, Biologia, Computação, Economia, Engenharia, Estatística, Física, Matemática, Medicina ou Química, em universidades públicas de todo país. Eles recebem R$ 1.200 mensais, renováveis até o limite de quatro anos. O processo seletivo levou em conta critérios como: nota do ENEM, renda familiar per capita, distanciamento entre a instituição de ensino e o local de moradia, dentre outros aspectos socioeconômicos.