Como fazer o pitch perfeito para investidores e os caminhos a seguir após a formatura, quando não se conta mais com o apoio dos coaches, foram os assuntos principais do Workshop III de Academic Working Capital 2019. Realizado na Universidade de São Paulo, em São Paulo, nos dias 16 e 17/12, o evento antecede a Feira de Investimentos, marcada para 18/12, e encerra o ciclo anual de aprendizados, troca de experiências e feedbacks que caracteriza o programa.
A parte teórica do Workshop focou em tipos de financiamento e nas burocracias e cuidados envolvidos na criação de uma empresa. O coordenador de AWC e mestre em Engeneering Design, Diogo Dutra, mostrou que nem só de investidor se faz uma empresa: é possível financiá-la com subvenção, clientes e recursos próprios, opções de compra de ações, equity e até premiações. Já o advogado Fernando Racy Markunas, da Fialdini Einsfeld Advogados, abordou as leis que regulamentam o funcionamento das startups no Brasil e explorou questões sobre sociedade, contratação e contratos, abertura da empresa, diferentes tipos de empresas, propriedade intelectual e proteção de dados. “É importante que vocês saibam o que estão fazendo, e uma parte do que estão fazendo envolve Direito, quer vocês queiram, quer não”, resumiu Fernando.
Os participantes de AWC também conheceram a Squid, empresa que conecta marcas a influenciadores digitais e que recebeu seu primeiro aporte do programa Startup Brasil, do governo federal. “A gente sempre teve esse questionamento de ser uma empresa rentável e de ser uma empresa que não dependesse do dinheiro dos outros”, explicou o engenheiro civil e fundador Carlos Tristan. Ele falou das lições aprendidas ao longo dos cinco anos em que a Squid opera e das mudanças pelas quais a empresa passou ao migrar do e-commerce para a comunicação.
Para iniciar a preparação para a Feira de Investimentos, os grupos aprenderam sobre os diferentes tipos de pitches, as aplicações de cada um e boas práticas para montar a apresentação. O coach Artur Tavares contou histórias de pitches que deram certo, mostrou exemplos que não funcionaram tão bem e deu dicas para a montagem da narrativa. O coach Rodrigo Franco mostrou boas práticas de design e organização para orientar a montagem da apresentação e alinhar os aspectos visuais ao discurso.
Com o apoio da Equipe AWC, os empreendedores trabalharam em seus pitches, que deveriam ter no máximo 5 minutos e precisavam explicitar a proposta de valor e o modelo de negócio. Por ordem alfabética, os grupos se apresentaram e receberam feedbacks dos coaches e dos colegas. Dos 18 pitches apresentados, 5 foram escolhidos para o palco principal da Feira de Investimentos – Insite, Beep (Clara), CPS, ThinkMilk e Gaia. Os demais grupos farão versões adaptadas das apresentações em seus estandes.